"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sem Ar

E o ar que eu respiro
Gelado, sufoca o grito
Que me libertaria de ti
Sozinha na noite tardia
Que envolve meu peito num abraço
E me prende no laço
Que me faz vazia de mim
Eu chamo em silêncio
Alguém que me tire
Me liberte desse tormento
De ver seu olhos
Nos meus horizontes
De ver os seu olhos
Cada vez mais distantes
Dou passos que aproximam
Luto contra os instantes
Quero libertar o grito
Fazer da minha alma
O meu único abrigo
E ver sua imagem
Como um sussurro de adeus

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