"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

sábado, 28 de maio de 2011

Poema de Bar #1

No fim tudo faz parte de uma viagem ao centro de mim
Cada escolha certa ou errada que faço, cada passo
Pra sempre assim
Como se dependesse de mim
Caminhos, caminhos
Corto todos eles!
Desfaço minha história em sentidos opostos
Sentindo aquilo que deveria ser!
Não ligo, vivo assim
Sem ao menos perceber!
Rodeando, fazendo círculos
Na vida que segue
E não me deixa seguir
Redundante sou eu
Tentando, caindo, crescendo
Abraçando o que posso acreditar
Dentro desse 'eu' que tão às vezes some
Tão às vezes dorme
E viaja em sonhos sem fim
Sonhos que finjo serem meus
Mas de reflexos inconscientes
De um estranho ser em mim
Um ser que adormece e sonha
Como criança em cama risonha

Marília Gondim e Maura de Paula
Serrano, 28 de Maio de 2011 - Pedaços da noite

3 comentários:

  1. [sabe o mundo os seus caminhos e o tanto daquele que sonhamos acrescentar, sulcando rio onde antes havia deserto, abrindo o caminho, passo e corpo adentro]

    um abraço, Maura

    Leonardo B.

    ResponderExcluir
  2. Conseguindo retirar de pedras o mais doce perfume e conservando na mente a insistência do caminhar

    Abraço Leonardo B.

    ResponderExcluir
  3. Você comentou no meu blog, vou comentar aqui, eu curti esse poeminha ai de verdade

    ResponderExcluir