Uma flor roxa

Falar de amor se tornou tão batido e tão previsível que há tempos abandonei essa idéia, corria atrás de algo que fugisse do "fogo que arde sem se ver e ferida que dói e não se sente", buscava por algo novo, real, que as pessoas pudessem ler e falar: " Finalmente, é isso!". Cansei de não conseguir colocar no papel a imagem que eu queria passar com perfeição em detalhes, de explicação lógica, verdadeira, que fizesse sentido. Cansei de expor em palavras o que eu sentia e depois ler e achar a coisa mais piegas do universo. Cansei de escrever coisas que somente corações apaixonados e melosos conseguiriam entender. Não era isso que eu queria. E pra quem escreve, não conseguir escrever é muito frustrante, acredite!
Nesse dia tão especial pra quem ama eu percebi que estava errando em vários aspectos. A quem eu quero enganar? Pois bem lá no fundo eu sei que amor não se define, pois é diferente pra cada ser que sente. Sei que amor não é perfeito, principalmente nos detalhes, é cheio de discordâncias, curvas acentuadas, declives e aclives... o que talvez o torne tão inexplicavelmente exitante. Mas que tolice a minha, todos sabem que amor não é exato, não segue lógica alguma e definitivamente não faz nenhum sentido. E pra que tentar encontrar um sentido? Ser derrubado em fossa e cinco minutos depois estar pulando de felicidade incontida pode ser muito interessante de se ver, se estivr de fora, e também pode ser bacana sentir, é bacana sentir, todas as nuances causadas por uma 'coisa' que a gente fala que é sentimento mais vai muto além. É mais um combustível da vida. E não há mal nenhum em ser piegas, eu acho. Eu simplesmente adoro quando alguém me abraça, mexe no meu cabelo, me faz um cafuné, e se falar: "Ah ti coisinha mais linda meu biscoitinho açucarado nininini" eu nem ligo, acho que até gosto!
Um feliz dia dos namorados a todas as pessoas que sabem amar!