"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tempo


O tempo encerra, o tempo começa o tempo se esvai.
Não vejo, mas sinto, todo esse velho compromisso não existe mais.
Com novos sinais minha alma é marcada, minha rota traçada, a dor é demais.
Não sinto, mas temo, na ânsia do meu desejo está a saudade de quem se vai.

E o tempo que não volta, agonia em seu semblante.
A verdade que sufoca perante meus olhos me invoca prum futuro voltar.
Não quero, mas devo.

Busco ao som destes badalos o passado onde eu me calo, as lembranças em mim dormentes. A cada bater de asas, passa o tempo, leva o vento, inebria a mente. Todo o sonho se perde em brumas, o passado não conforta, no passado fecho as portas. No presente volto a  ser.

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