"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Despedida

Encontra-me
Encanta-me
Engana-me!
Vá,
Seja como o vento que quarto a dentro revolta meus cabelos e sentidos
Seja como a água que feito lágrima deságua por olhos, mãos e ouvidos
Seja como terra que sob meus pés encerra o caminho dos perdidos
Seja como sangue quente que em minhas veias em torrente se exala comovido.
Vá,
Faça de seu passo desespero derradeiro, fumaça que se esvai, cheiro que se perde na multidão.
Faça de sua presença um sonho embriagado, cores que se diluem, amores que se vão.

2 comentários:

  1. Maura, não sei o que falar!!!! Que riqueza menina!

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  2. Prazerosa leitura
    dedo de prosa
    de moça
    de fruta
    madura

    Dedo de rosa
    e de literatura

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