"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

SerEstarModificar


Medo de estar
Arriscar o desconhecido
Ou rearriscar o já conhecido
Se jogar num abismo
Sem saber onde vai chegar
Voar pro infinto
Incerteza de destinos
Sem razões pra voltar
Deixar que o mundo gire
Toda lágrima vire sonho
Esperança de mudança
Sorriso no rosto
O medo de mudar
Menor que o medo de estar
Ser aquilo que pensar
Pensar a vontade de ser.
Ser somente desejo
Incontido segredo
Desaguar em mares revoltos
O medo de se afogar
Ser pra sempre imprevisto
Ser pra sempre risco
Pegar nas mãos a segurança.
Intenso desejo, vingança
Nada nunca é igual.

3 comentários:

  1. O medo,
    a resistência à mudança...

    Arriscado, viver.
    O novo, inusitado a todo momento:
    mas tem também a magia em tudo isso.

    Afetuoso abraço!

    Marlene

    ResponderExcluir
  2. O medo que atrapalha tudo. Temos que arriscar mais.
    Um beijo grande.

    ResponderExcluir
  3. Oi Maura, que bonito. Sensibilidade e harmonia transparece em sua poesia. Gostei muito.
    Parabéns!
    Beijos.

    ResponderExcluir