"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ainda vive

Vai, faz o teu serviço
Finja que me consola
Enquanto eu derreto minha força
E desmancho meus sorrisos.
Trás a sua escolta
Seu abraço breve e insensível
Seus gestos duros
Secos de mim
Sua alma intransponível
Trás o seu ouvido surdo
Sua voz muda
Seu olhar cego
Trás a sua falsa segurança
Só mais uma mentira doce e aguda
Um sopro de valentia
Uma tentativa errônea de bravura.

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