"Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever eu me morreria simbolicamente todos os dias" (Clarisse Lispector - A Hora da Estrela)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O que está acontecendo com o mundo?

Ter tido conhecimento essa semana dos fatos que vou descrever me deixou mais indignada do que nunca e sinto que é minha obrigação como munícipe demonstrar e tentar através da minha revolta sensibilizar outras pessoas.
Há algum tempo, por ordens diretas do Sr. Prefeito Luis Rosa da Silva, a quadra de esportes da Escola Municipal fica aberta todos os dias para o uso de qualquer pessoa, pretendendo assim, aumentar as oportunidades de lazer das crianças e adolescentes em Gonçalves, afinal, o que mais se ouve é que em nossa cidade não há quadra, não há festa, não há parquinho (que agora há, diga-se de passagem, quero ver até quando vai se manter inteiro), enfim, que não há “nada pra fazer”. Todos reclamam, eu reclamei, meu pai reclamou e meus filhos provavelmente reclamarão. Normal do jovem.
Claro que o acesso quadra/escola fica fechado depois que as aulas acabam, ficando aberto somente o portão rua/quadra. Mas não é que a criançada arrebentou as telas que cercam o local e liberou esse acesso à escola? Como se não bastasse mais essa depredação, alguns que usam este local destinado ao esporte e ao lazer saudável, como trogloditas que são (pra não dizer animal) quebram os espelhos do “Escovódromo”, deixam abertas todas as torneiras do prédio, derrubam mesas e cadeiras, destroem os brinquedos existentes, e acreditem ou não urinam e defecam na quadra, na escola, e arredores. É isso mesmo, as pessoas fazem cocô. As pessoas cagam! (Pra falar o português claro).
Fico imaginando as serviçais (só pra ilustrar: minha mãe está nesse meio entende?), ou merendeiras, como era na minha época, as professoras e funcionários em geral chegando pra trabalhar, pra garantir a educação de tantas crianças e se deparando com essa merda toda (literalmente!). Pior, imagino esses profissionais tendo que limpar essa merda toda, que você, vagabundo, que está em casa com o cérebro atrofiado jogando Play Station, e enchendo a cara de bolacha recheada e Coca-cola fez. Se sente feliz? Mas a mamãe passa a mão na cabeça, né bebê?
Meu Deus! (estou apelando!). O que está acontecendo com as pessoas? Isso é regredir demais, acima dos limites, é intolerável. Uma pessoa dessas tem que ir pra cadeia, tem que apanhar, cara! No mínimo. (E nada do “Direitos Humanos” bater na porta de casa, hein!) É um desrespeito ao prédio, aos funcionários, às crianças que não podem usar a quadra na segunda-feira devido a sujeira, e a todo cidadão. Por que eu me sinto desrespeitada com esse ato. Acima de tudo me sinto envergonhada. Estou com vergonha desse texto e com vergonha de fazer parte dessa mesma realidade. Você não?
É uma pena não existirem câmeras de segurança nas escolas, praças e prédios públicos em geral que registrem a fuça desses indivíduos. Está mais do que na hora de começarmos a intimidar esse tipo de delinqüente e também a punir. Já está provado que algumas pessoas não merecem confiança, e às vezes, por conseqüência da estupidez dessas pessoas, todos nós perdemos nosso direito de exigir qualquer coisa, visto que aquilo que possuímos, desvalorizamos, depredamos, destruímos. Está na hora de unir a nossa vontade de caminhar pra frente e todos juntos impedir a continuidade desses atos deploráveis. Vamos denunciar, vamos espalhar nossa inconformidade, vamos agir, por mais simples que seja a ação. Vamos dar trabalho ao Conselho Tutelar, à Polícia Militar, ou simplesmente repassar e divulgar esse manifesto. Não é tão difícil assim tomar certas atitudes, depois que nos vemos mais próximos da realidade da nossa cidade e do nosso país. Ou você ainda acha que é?

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